No acto, o CESAP fez-se representar pelo director Arq. Isequiel Alcolete, o gestor administrativo dr. Dorival Fijamo e Arq.Luis Martins que liderou a equipa de elaboração do plano. O CMCN esteve representado pela vereadora de Urbanização, dra. Saquina, o director de Urbanização, Samuel, o chefe do departamento de planeamento físico, Dulce Matsinhe, e pela equipa de técnicos que participou no projecto.
O plano PPZO introduz uma estrutura organizativa que busca mais sociabilidade de vizinhança e, segundo Luís Martins, a nossa sociedade rural conserva este valor de vizinhança implicada com os aspectos individuais, mas também da comunidade, dos espaços comuns, das praças ou reservas para equipamentos públicos, porém, essa mesma sociedade quando se transforma em urbana perde esse valor de comunidade tornando-se mais individualista indiferente ao que é comum.
“No ambiente rural podemos mobilizar a população a abrir uma nova via, porém, na cidade teremos mais dificuldades e mobilizar a população para limpar uma via”, disse Martins.
O plano organiza as parcelas em núcleos, onde cada núcleo constitui um quarteirão com o seu espaço verde ao centro de modo que cada morador do quarteirão se sinta parte de “dono”da praça central e das vias internas estimulando o valor de cidadania ainda ausente nos munícipes.
O Arq. Martins salientou que a organização física não garante por si só o carácter de cidadania, mas favorece o estabelecimento de outros aspectos que possam garantir.
Na ocasião, os técnicos do Conselho Municipal mostraram-se satisfeitos com o resultado final do PPZO, dizendo ter sido proveitosa a experiencia desde a metodologia de levantamento até à elaboração do próprio plano, incluindo os instrumentos e programas informáticos aplicados.
A vereadora Saquina disse que o plano chega numa boa altura, uma vez que se procura resposta urgente à demanda de parcelas, por um lado, para dar cobro aos pedidos e, por outro, para reassentar munícipes, actualmente, em zonas de risco ambiental ou zonas industriais.