“Educação. Cidadania e Sustentabilidade” foi o tema da palestra orientada pelo Jurista e Ambientalista, Carlos Serra, na passada Sexta-feira, 24 de Agosto, no Campus da Universidade Lúrio (UniLúrio), em Nampula.
É um tema que traz consigo a necessidade de consciencializar a sociedade para adoptar atitudes ecologicamente agradáveis, que não coloquem em causa o meio ambiente. Aliás, é mesmo olhando para o factor “educação” que, nesta perspectiva, a UniLúrio aliou-se ao ambientalista para juntos criarem uma reflexão em volta da forma como é, por exemplo, feita a gestão do lixo em espaços público.
Falando, na Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico (FAPF), Carlos Serra começou seu discurso dizendo que existem dois tipos de pessoas: “os que fazem” e “ os que não fazem”. Tal distinção fundamenta o seu pensamento segundo o qual todo indivíduo deve ser actor de mudança para fazer face aos diversos desafios ambientais, como por exemplo as mudanças climáticas, o aquecimento global e a gestão dos resíduos sólidos.
Para Serra, “a educação era e continua sendo um enorme desafio” para que os indivíduos saibam ser perante a natureza, pois “deveríamos ter mais nível de consciência sobre os desastrosos crimes ambientais que põem em causa a própria vida do Homem”.
Olhando aos factores que põem em causa o meio ambiente, o ambientalista chama atenção as práticas da agricultura itinerante, o uso indevido das redes mosquiteiras nas actividades pesqueiras, desordenamento territorial e queimadas, para que não se coloque em causa a estabilidade ambiental.
Na palestra, Carlos Serra, quem focou-se grandemente na problemática da gestão do lixo, considerou o descartável como maior insulto da humanidade, tendo em conta a forma errónea como se tem deitado fora após o uso. Tal pensamento consolida a crítica que fez relativamente ao mau uso do plástico, que constitui um grande atentado a saúde ambiental, dos animais, em particular marinhos, que são diariamente afectados pelas atitudes do Homem.
Para chamar atenção a necessidade uma gestão integrada do lixo, o ambientalista chamou atenção ao facto de serem deitadas cerca de oito toneladas de lixo no mar, tal lixo que é maioritariamente composto por plástico, desde garrafas, o que leva o palestraste a afirmar que “cada indivíduo consome 11, 000 pedaços de micro plástico por ano).