Director da FAPF; Direcção da faculdade; Docentes; CTA; EStudantes

Celebramos hoje o 6° aniversário da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico. Apesar de ainda muito curta, é já uma história preenchida por realizações importantes e por figuras que deixaram a sua marca duradoira e impactante na faculdade e na universidade. Gostaria assim, de deixar o meu profundo reconhecimento aos Professores Antonio Catizzone e Maurizio Berti que, em diferentes momentos, souberam dirigir a faculdade com dedicação e sabedoria, contribuindo decisivamente para o reconhecimento de que ela goza, no país. Hoje também evocamos a memória do Arquitecto Luís Martins, distinto Arquitecto desta faculdade que, muito cedo, nos deixou. Como forma de eternizar a sua presença na vida académica da FAPF e da Universidade em geral, decidiu-se que a biblioteca da FAPF passava a ser designada Biblioteca Luís Martins, placa que tive o privilégio de descerrar.

A FAPF já colocou no mercado 25 Arquitectos e planeadores físicos, e está eminente a colocação de mais 20. Parte desse grupo foi absorvido pela própria FAPF e o seu contributo para o corpo docente foi importante na nossa estratégia de ter um corpo docente próprio a tempo inteiro. Alguns dos graduados criaram os seus próprios empreendimentos, algo que nos orgulha, e outros foram absorvidos tanto pelo sector público como pelo privado, dando a sua contribuição para o desenvolvimento da região e do país..

Mesmo com recursos limitados, a FAPF manteve durante os seis anos da sua curta existência uma cultura organizacional e rigor académico respeitável graças também ao empenho de todos, corpo docente, CTA, estudantes e aos membros de Direcção aos mais variados níveis. Queremos deixar, desde já, uma palavra de encorajamento e de confiança ao Arquitecto Isequiel Alcolete, que assumiu a pesada, mas nobre missão de continuar o trabalho iniciado pelos seus antecessores.

Como todos nós sabemos, a crise económica e financeira que o país atravessa está a reflectir-se, de forma severa, na Universidade. Por isso, e uma vez mais, e seguindo a orientação que deixamos nas nossas outras faculdades, devemos unir todas as nossas forças e transformar a adversidade em oportunidade. Isto é, de modo criativo e dinâmico, devemos encontrar soluções que passam por adoptar um espírito mais empreendedor, mais ousado, celebrando parcerias estratégicas, estreitando a nossa relação com os mercados, desenvolvendo, de forma sistemática, prestação de serviços e investindo em iniciativas que sirvam não só de aplicação prática do conhecimento teórico, como também uma das fórmulas para ajudar a FAPF a gerar receitas próprias e a cimentar a sua autonomia. Sei que isso, de uma ou de outra forma, já tem sido feito, no entanto não deixo aqui de continuar a apelar que a procura de financiamentos seja uma actividade constante e incansável.

A nova direcção, deverá manter a mesma cultura organizacional e rigor e deverá também abrir novos horizontes para FAPF, criando verdadeiras e produtivas frentes de intercâmbio/mobilidade de docentes e estudantes entre Universidades e outras instituições. A pesquisa para procura de soluções para os problemas arquitectónicos e urbanísticos em Moçambique e em especial em Nampula deverá ser transversal, envolvendo docentes e estudantes.  

Perspectiva-se também o alargamento, na FAPF, de ofertas a nível dos cursos de graduação e pós-graduação o que naturalmente contará com o apoio inequívoco da reitoria.

Termino a minha intervenção, agradecendo todo o trabalho que tem sido aqui realizado e encorajando a maior entrega e cometimento de todos na grande tarefa que temos em mão, que é, por um lado, o de aumentar a produção, disseminação e aplicação do conhecimento e, por outro, elevar os níveis de qualidade desse mesmo conhecimento. Finalmente, desejar muitas felicidades e êxitos à FAPF.

Muito obrigado